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sábado, 23 de outubro de 2010

Educar para a Cidadania: papel de quem?

     Precisamos estar atentos ao que ensinamos às nossas crianças. Educar para a cidadania pode ser: educar um sujeito "participativo", no sentido de colaborador do sistema, que ensina a passividade, ou educar para ser um sujeito crítico. Essa é a educação para uma nova cidadania.
      Nessa nova missão da escola, a ideia de cidadania necessita renascer, não como um conceito que é aprendido. Cidadania não é uma lição a ser ensinada. È uma postura que precisa ser estimulada. Postura essa que possa fazer nascer em cada um, o sentimento do que é viver em prol do bem-comum. É necessário conjugar cidadania com diversidade, justiça, dignidade.
       Não é uma opção ser cidadão. É uma possibilidade que dependerá de todos. Cidadania é um espaço de construção compartilhado. E, aí, precisamos sair dos muros da escola, ainda que a escola ocupe um local, potencialmente, privilegiado na construção de uma postura crítica para essa construção.   
        É necessário ensinar às nossas crianças e jovens não apenas a ler e a escrever, mas a olhar o mundo a partir de novas perspectivas. Ensinar a ouvir, falar e escutar, a desenvolver atitudes de solidariedade, a dizer não ao individualismo e sim à paz. Educar para a cidadania é adotar uma postura, é fazer escolhas. É despertar para as consciências dos direitos e deveres, é lutar pela justiça e não servir a interesses seculares. É uma urgência que grita e que deveria ecoar nos corações humanos e não nos alarmes das propriedades que tentam proteger a vergonha do que a civilização humana construiu.
        Para alcançarmos isso, não podemos ficar somente no ensinar para a cidadania. É preciso construir o espaço de se educar na cidadania. E nesse sentido, não é somente a preposição que muda. Muda a postura do professor e da família. Os pais e os professores  também devem estar atentos aos seus próprios valores e ao que querem ensinar para as crianças. Não é errado ensinar que é socialmente adequado. O importante é evitar os excessos.  A família é um núcleo estruturante muito importante para a criança. Apesar das influências de outros ambientes, o que acontece em família tem uma relevância maior sobre a criança do que o que ocorre fora desse contexto. Por isso, o mais importante para equilibrar a influência familiar com a influência externa é haver consistência, segurança e harmonia em família. Assim, desenvolve-se a confiança da criança nos valores que são ensinados por seus pais e isso pode fazer com que ela seja menos influenciada por valores distintos. 

         "É preciso plantar a semente da educação para colher os frutos da cidadania."
Paulo Freire
 

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